domingo, 20 de novembro de 2011

FRIO SILÊNCIO


Que dor é esta
espalhada
pelos cantos da casa,
neste mutismo medroso?

Dor assustada...
Dor na paisagem quieta...

Não tenho mais
a paciência da espera.

Que dor é esta
que penetra fundo
quando penso
na tua última palavra?

Por que acumulo
tanta dor
se nunca vi
o amanhã em teus olhos?
E mesmo assim,
porque encontrei o rumo
dos meus desejos
em teus braços?
Quero apagar memórias,
mas esta dor insiste
no frio silêncio
do “nunca mais...”

Arethuza Viana

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