O meu desespero
não vem do nada.
Pode até caminhar
para o nunca mais,
mas ele
não vem do nada.
Vem do que fomos
do frio silêncio
entre nós,
da lembrança
dos meus dedos
caminhando
entre teus cabelos
e da tua
imagem quieta,
domada e doce
de homem saciado.
O meu desespero
não vem do nada.
Em mim tudo agoniza,
porque sempre pensei
que eras o que passa,
mas, definitivamente,
és o que permanece...
Arethuza Viana
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