sexta-feira, 18 de novembro de 2011

AMOR ETERNO


Confesso que já vi
amor lindo e eterno.
Perdoe se enfatizo aqui
a tamanha raridade.
Às vezes a primavera
se torna em frio inverno
e apenas um,
sofre a dor da infelicidade.

Nao me julgue uma poetisa
volúvel ou insana,
porque pra mim amor
tem que existir a dois...
Não nego que trago
a alma de uma cigana,
que se entrega
sem medo de sofrer depois.

Se amo, me dou inteira,
mergulho de cabeça,
Sendo muito amada,
sou louca amante,
Até que alguém
me maltrate e me esqueça
ergo-me com amor próprio
e sigo adiante!

Se sofro? Sim.
Sinto o coração dilacerado,
Não contenho o pranto,
é duro me recompor.
Se o que dou,
não é correspondido
e respeitado,
não me serve esse tipo
masoquista de amor.

Amo a vida,
amo a mim mesma
com dignidade,
me perdoe se assim sou,
quero a paz, não o inferno
de amar sozinha,
me entregar a infelicidade,
de sucumbir por um amor
que chamam de eterno!

Arethuza Viana

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