Não há motivos para festejar,
pois tenho um ciúme doentio
do que não me pertence
e eu apenas invento
essa minha absurda posse.
Não há motivos para festejar,
porque estou sufocando
a vontade de ver-te quebrar
todas as grades e arrebentar
todos os limites.
Não há motivos para festejar,
porque eu não vou saber beber
com uma falsa felicidade
estampada no rosto
e uma tristeza amarga
escorrendo pela garganta.
Não há motivos para festejar
porque tuas resistências
estão enfraquecidas
e eu estou à espera do sinal
que nos fará um dia, residentes
em nossas próprias vontades.
Posso até erguer a taça,
mas vou gritar que é trapaça,
as nossas vidas penduradas
por um frágil fio !
Arethuza Viana
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