Ele não lembra ninguém,
da minha vida,
de outros tempos.
Nossos rostos
unidos no travesseiro,
assim ficariam
por muito tempo.
Penso diariamente
nessa imagem
que só eu teimo em ver
e dela não posso
falar a ninguém.
Ele está sempre
no meu silêncio
e nos traços
dos meus poemas.
É a imagem
que me encanta
e que me faz
gostar mais de mim.
Escrevo
em torno dele
e sua imagem
vive me batendo à porta.
Se convidá-lo a entrar,
ele provavelmente virá
e vou oferecer-lhe
toda a minha vida.
É nessa situação
que uma mulher se faz feliz...
Mas prefiro desistir
negar a mim mesma
o instante
que poderia ser
o mais belo
da minha vida!
É que deparo-me
com o medo
de um novo abandono,
pois ainda posso ouvir
o barulho da bofetada
que essa palavra representa !
Arethuza Viana
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