domingo, 20 de novembro de 2011

ESCREVENDO TERNURAS


Escrever
não é
apenas publicidade.

Quando escrevo,
todas as direções
ficam abertas
e não existem
muros intransponíveis.

As minhas
palavras escritas
podem ser respeitadas
e não preciso
esconder-me
num mutismo forçado.

Não consigo
evitar de escrever
sobre acontecimentos
secretos
de um certo tempo
da minha vida...

Quando escrevo
sobre a minha
saudosa infância,
comparando-a
a um lago transparente,
eu regresso
a um ambiente
que me lembra pudor.

Na adolescência,
no toque
das minhas mãos
e na aparência
do meu rosto,
já eram acentuadas
as imagens do desejo,
que eu ainda
não conhecia direito.
A sensualidade
podia ser notada
no meu olhar,
mas teve
que ficar adormecida.

Quando escrevo,
as imagens
se definem claramente
e não preciso
de fotografias
para encontrar
os detalhes...

Escrevo
e vôo cada vez
para um infinito diferente!

Arethuza Viana

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