quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CRISTAL


Por ser tão transparente,
fico sempre desolada,
diante de tanta violência,
tanta criança abandonada...

Tantos idosos
numa dor calada, na solidão,
nos asilos repletos
de desolação...

Na mesa, em cada lar,
tristeza e pratos vazios,
numa dor que mal se suporta
nos dias longos e sombrios
e à minha porta,
tanta mão a mendigar!

Meu ser, em tumulto, afinal,
agita-se e não se acalma...
Eu me sinto
como um frágil cristal,
deixando transparecer
o que me vai na alma!!!

Arethuza Viana

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