sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PARADOXO


Você acabou de sair
e como acontece todas as noites,
sinto esta dor quase física,
fininha e penetrante...
Fecho os olhos,
a saudade e a tristeza, como açoites
ferem a minha alma
de mulher sozinha e amante!

Por que sempre vai?
Seu lugar é nos meus braços,
Nossos lábios só se realizam
quando unidos,
por que se afastam de mim,
os seus passos,
se carregas no coração,
nossos momentos vividos?

Minhas mãos sem as suas
são aves sem vida
e as suas mãos
sem as minhas são vazias?
Por que esta inevitável
e triste despedida
temos que revivê-la
sem querer todos os dias?

Paradoxo...
Como entender da vida, essas falhas ...
Tantos permanecem juntos,
quando tudo está perdido
e nós vivemos tristes assim,
a catar as migalhas
do curto e apressado tempo
que nós é permitido!

Arethuza Viana

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