Ficava no enorme quintal.
Lá estava ele
sempre a minha espera.
Duas cordas
o seguravam na mangueira.
Quantas horas
no vai e vem ali ficava
sentindo a brisa
de cidadezinha do interior.
Minha mãe ou meu pai
o impulsionava
como se na vida fosse
sempre assim,
eu precisando da segurança
das suas mãos...
Sensação de vôo,
sorriso inocente
solto no ar.
Hoje, fecho os olhos
e parece que o vejo
na solidão do quintal,
num eterno vai e vem
provocado pelo vento...
Saudades de você
meu balanço de madeira,
mais uma criação do meu pai
para ver o meu sorriso!
Há dias que estou assim,
num solitário vai e vem
numa mesmice
que parece eterna,
sem alguém
para me impulsionar
ou para provocar
o sorriso num rosto
que aprendeu a chorar!
Arethuza Viana
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