Quero escrever ternuras
para camuflar
a ausência de ti,
mas não quero oferecer-te
poemas tristes.
Por esta razão
esperarei o sol nascer...
Agora, meu amor,
sentindo o cheiro do mar,
sentindo a brisa suave,
eu só te escreveria
sobre buscas estéreis
e da correria das horas
que me apressam os passos
sempre para longe do teu afago.
A minha cabeça
não consegue
abandonar as estrelas
e eu quero dizer-te coisas lindas...
Até o sol nascer,
sei que uma noite longa
e as estrelas
me farão companhia.
Enquanto isso,
catarei conchinhas
e ficarei aqui a esperar-te.
Não sei até quando...
Quando chegares,
aprenderás
a brincar com elas
e a sorrir
com esta mulher criança,
que arma barraca
em sua ciganice
para acolher-te um dia!
Arethuza Viana
0 comentários:
Postar um comentário