terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PARADOXO


Você acabou de sair e como acontece todas as noites,
sinto esta dor quase física, fininha e penetrante...
Fecho os olhos, a saudade e a tristeza, como açoites
ferem a minha alma de mulher sozinha e amante!

Por que sempre vai? Seu lugar é nos meus braços,
se nossos lábios só se realizam quando unidos,
por que se afastam de mim, sempre os seus passos,
se carregas no coração, nossos momentos vividos?

Se minhas mãos sem as suas são aves sem vida
e as suas mãos sem as minhas são vazias?
Por que esta inevitável e triste despedida
temos que revivê-la sem querer todos os dias?

Paradoxo...difícil entender da vida, essas falhas ...
Tantos permanecem juntos, quando tudo está perdido
e nós vivemos tristes assim, a catar as migalhas
do curto e apressado tempo que nós é permitido!

Arethuza Viana

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