Como marinheiro
à cata de fáceis amores,
o meu destino
perambula pelo cais.
No coração, inevitáveis
e afiadas dores,
na paisagem, onde fiquei
um pouco mais!
O mar revolto,
convidativo me chama,
para outras paisagens
e tantas travessias.
- Coração marinheiro,
não chora, não ama,
singra os mares,
vive intensamente os dias!
Sem bússolas, sem rumo,
que assim eu viva,
indo à outras terras
com o coração que nada teme.
Mas inevitavelmente
choro e fico pensativa:
- Será que meu coração
outra vez se encantará?
Que mãos timoneiras,
conduzirão um dia o leme,
que a algum porto seguro,
finalmente, me levará?
Arethuza Viana
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