Pensamentos tontos,
enebriados, sem sentido...
Corpo largado, olhar vago,
rosto abatido...
Nnca me imaginei assim,
nesta circunstância...
Onde estou eu,
a não ser neste poema triste?
O que realmente em mim restou?
O que existe?
E a vida lá fora segue
sem me dar importância...
Nada me atinge,
nada me fere ou castiga...
Mas quem sabe, se alguém
me estende a mão amiga,
me despertasse um sorriso,
um entusiasmo?
Ah... se alguém me descobre
neste quarto frio,
me ajudando a preencher
este inexplicável vazio
e me mostrasse a luz da vida,
muito além deste marasmo!
Arethuza Viana
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